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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

TUDO SOBRE OS EXTINTORES





Classificação dos extintores




Classificação dos incêndios e dos agentes extintores

CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS
Para facilitar a seleção dos melhores métodos para combater cada tipo de incêndio, estes são usualmente, divididos em quatro classes principais, a saber:
classe "A", "B", "C" e "D".

Classe "A" São os que se verificam em materiais fibrosos ou sólidos, que formam brasas ou deixam resíduos. São os incêndios em madeira, papel, tecidos, borracha e na maioria dos plásticos.

Classe "B" – São os que se verificam em líquidos inflamáveis (óleo, querosene, gasolina, tintas, álcool, etc.) e também em graxas e gases inflamáveis.

Classe "C" - São os que se verificam em equipamentos elétricos e instalações, enquanto a energia elétrica estiver alimentada.

Classe "D" - São os que se verificam em metais (magnésio, titânio e lítio).


CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES EXTINTORES

Agente extintor é tudo aquilo que é ou pode ser usado para abafar ou resfriar as chamas, propiciando sua extinção.

Os agentes extintores de uso mais difundido a bordo são:

ÁGUA é o agente extintor de uso mais comum, sendo utilizado sob três formas básicas: Jato Sólido, Neblina de Alta Velocidade e Neblina de Baixa Velocidade Jato Sólido- Consiste de um jato de água, produzido à alta pressão, por meio de um esguicho com orifício circular de descarga. É o meio por excelência para extinção de incêndios da classe "A".

Neblina de Alta e Baixa Velocidade - Consistem no borrifamento da água por meio de pulverizadores especiais. São muito utilizadas na extinção de incêndios por resfriamento. Podem ser utilizadas para auxiliar na extinção de incêndios classe "A" e classe "B".

OBS: A Água, especialmente a salgada é boa condutora de eletricidade e não deve portanto ser utilizada na extinção de incêndios da classe "C".

ESPUMA é um agente extintor específico para incêndios classe "B". Ela é formada por dois métodos básicos, que caracterizam os dois tipos de espuma que existem: Química e Mecânica.

A Espuma Química é mais comumente encontrada em extintores portáteis.

A Espuma Mecânica possui um uso mais generalizado a bordo, é produzida em grandes volumes por equipamentos especiais, que misturam líquido gerador, água e o ar. Dessa forma podemos dizer que a espuma extingue o incêndio principalmente por abafamento e, secundariamente, por resfriamento.

CO2 - Por ser o CO2 um gás inerte, isto é, um gás que não alimenta a combustão, ele é empregado com agente extintor por abafamento, criando ao redor do corpo em chamas, uma atmosfera rica em CO2 e, por conseguinte, pobre em oxigênio. O CO2 é um gás mau condutor de eletricidade e, por isso, é especialmente indicado para incêndios classe "C". O CO2 é também muito usado em extintores portáteis, sendo empregado em incêndios das classes "B" e "C".

VAPOR - O vapor d’água pode ser utilizado como agente extintor, por abafamento.
Usa-se vapor para extinguir incêndios da classe "B".

PÓ QUÍMICO - O agente extintor químico de bicarbonato de potássio é um pó químico usado principalmente como agente extintor de incêndios em líquidos inflamáveis. É também eficiente na extinção de incêndios em gases inflamáveis. Em último caso poderá também ser utilizado em incêndios da classe "C".

HALON - Pode ser encontrado em extintores portáteis e sistemas fixos. Quando liberado, o Halon se vaporiza num gás com aspecto incolor, inodoro e com densidade 5 vezes maior do que o ar. Extingue o fogo através do método da quebra da reação em cadeia.






Proteção contra incêndio: componentes


Para prover elevados níveis de proteção, os módulos são formados por sofisticados componentes de alarme, detecção e supressão de incêndio. Nos parágrafos seguintes estão descritas as principais famílias desses componentes. Os parágrafos em itálico são reproduções da norma ABNT NBR 9441, que estabelecem os requisitos a serem atendidos por esses componentes.
Detectores

Os detectores acionam automaticamente a central de alarme de incêndio, e podem ser dos seguintes tipos:

Detector de Temperatura

O detector térmico é instalado em ambientes onde a ultrapassagem de determinada temperatura indique seguramente um princípio de incêndio.
O detector termo-velocimétrico (elemento que atua com um gradiente de temperatura) e termostático combinados, responde a uma elevação brusca de temperatura ou quando esta atinge um valor pré-determinado. Sua aplicação está especificamente indicada para incêndio que se inicia com uma elevação brusca de temperatura.

A máxima área de proteção a ser empregada para detectores de temperatura é de 36 m2, para uma altura máxima de instalação de 5 m e tetos planos ou com vigas até 0,20 m de altura.

Em áreas cuja temperatura do teto seja normalmente elevada, a seleção da temperatura ou faixa de atuação do detector deve ser feita de acordo com a tabela:


Temperatura do teto (ºC)
Temperatura de atuação do detector (ºC)
Até 38
66
107
149
190
246 57 a 79
80 a 120
121 a 162
163 a 204
205 a 259
260 a 301
Em locais com teto plano e altura superior a 5 metros, o espaçamento entre detectores térmicos deverá ser reduzido, sendo permitidas interpolações para valores intermediários conforme tabela abaixo:


Altura do Local (metros) Espaçamento Máximo (metros)
até 5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0 6,0
5,6
5,1
4,5
3,8
3,0


Detector de Fumaça
O detector iônico de fumaça atua mediante a presença de produtos de combustão visíveis ou invisíveis. O princípio de funcionamento se baseia na detecção iônica. Possui duas câmeras, uma de referência e outra de análise. É indicado para ambientes com atmosferas limpas e para cobrir grandes riscos.

O detector óptico de fumaça é ativado mediante a presença de produtos de combustão: fumaça visível. O princípio de funcionamento é baseado na técnica de dispersão de luz no interior de uma câmara que emite luz infravermelha. Ao entrar fumaça na câmara, esta é detectada por dispositivo eletrônico óptico.

A área máxima de proteção dos detectores pontuais de fumaça é de 81 m2, para instalação em tetos planos com vigas até 0,20 m de altura, ambientes sem ventilação forçada e com altura de instalação até 8 m.
A escolha do detector de fumaça, deve ser feita de acordo com as características de combustão dos materiais contidos na área supervisionada, bem como os locais nos quais estes serão instalados.
Os detectores de fumaça serão localizados no teto, a não menos de 0,15 m da parede lateral ou, em casos específicos, na parede lateral, à distância entre 0,15 m a 0,30 m do teto.
A área de ação dos detectores de fumaça diminui à medida que aumenta o volume de ar trocado no ambiente. Esta troca de ar é expressa em trocas de ar por hora. A redução da área de ação do detector a ser aplicada em função da troca de ar, deve ser obtida através da tabela a baixo.



Trocas de ar por hora
Área de ação do detector (m 2 )
60,0
11,6

Sendo permitidas interpolações para valores intermediários:
30,0
20,0
15,0
12,0
10,0
8,6
7,5 23,2
34,8
46,4
58,1
69,7
81,0
81,0

Em ambientes dotados de sistemas de ar condicionado ou ventilação forçada, os detectores devem ser instalados preferencialmente próximos aos retornos deste fluxo ou detectores apropriados para dutos. Deve-se evitar a instalação dos detectores a menos de 1,50 m dos pontos de insuflamento ou entrada de ar no ambiente.
Cada ambiente deve ser protegido por um tipo único de detector. Por exemplo, não é permitido proteger parte de um ambiente com detectores de fumaça e a parte restante com detectores térmicos.
Detector de Chama

Dispositivo que indica a presença de partículas sólidas, vapores e/ou gases que compõem a fumaça de chamas. São utilizados em ambientes onde a chama é o primeiro indício de fogo.
O sensor de chama é sensível aos raios ultravioletas que se fazem presentes sempre que existe fogo. Por suas características de projeto, este detector discrimina outras formas de raios, sendo portanto imune à luz natural.

Características Técnicas:

- Ângulo de visão: 90º;
- Tensão de operação: 12 a 24 VDC;
- Corrente de operação: 25mA 24 VDC;
- Corrente de repouso: 1uA sob 24 VDC;
- Temperatura de operação: -10ºC a 70ºC;
- Umidade relativa: 95% max.

A localização e espaçamento dos detectores de chama deverão resultar de uma análise do risco, considerando:

- tamanho da chama a ser detectada;
- tipo principal de radiação gerada em função do combustível envolvido;
- sensibilidade do detector;
- campo de visão do detector;
- distancia entre detector e a provável chama;
- presença de outras radiações;
- propósito do sistema;
- tempo de resposta desejado.

Dispositivos para evitar acúmulo de pó ou sujeira na lente do detector deverão ser previstos, de forma a não diminuir sua sensibilidade entre as manutenções preventivas.

Recomenda-se que o detector de chama deva possuir um dispositivo que indique sujeira na lente, necessitando manutenção.

Os detectores de chama são recomendados nas seguintes aplicações:

1. Áreas abertas ou semi-abertas onde ventos podem dissipar a fumaça, impedindo a ação dos detectores de temperatura ou de fumaça.
2. Áreas onde uma chama possa ocorrer rapidamente, tais como hangares, áreas de produção petroquímica, áreas de armazenagem e transferência, instalações de gás natural, cabines de pintura, ou áreas de solventes.
3. Áreas ou instalações de alto risco de incêndio, freqüentemente conjugados com um sistema de extinção automático.
Detectores de chama são classificados pelo tipo de radiação, tais como: ultravioleta, infravermelho de comprimento de onda simples, infravermelho de comprimento de onda múltiplo e combinação de ultravioleta e infravermelho.
Cada uma dessas tecnologias possui tempos de resposta específicos.

A faixa espectral para essas tecnologias é:

- UV: 0,10 a 0,35 micrômetros;
- IR : 0,76 a 4,70 micrômetros.

Acionador Manual

Dispositivo destinado a transmitir a informação de emergência, quando acionado manualmente. O acionador manual possui indicação visual de funcionamento, sirene interna com oscilador tipo Fá-Dó 110 dB e acompanha martelo para quebra de vidro.

Deverá possuir as seguintes características:

- Ser compatível, lógica e eletricamente, com o circuito de detecção;
- Ser instalada em caixa pintada nas cores padronizada, com tampa frontal de proteção em vidro não removível e transparente;
- Ter acionamento através de alavanca frontal sem retorno, ou botão com travamento; no caso de acionamento através de alavanca, o seu reset só poderá ser feito utilizando-se ferramenta especial;
- Possuir contatos resistentes à degradação por queima por centelhamento;
- Possuir dispositivo de segurança que impeça o acionamento acidental.

Deve ser instalado em locais de maior probabilidade de trânsito de pessoas em caso de emergência, tais como: nas saídas de áreas de trabalho, áreas de lazer, em corredores, saídas de emergência para o exterior, etc.

Deve ser instalado a uma altura entre 1,20 m e 1,40 m do piso acabado, na forma embutida ou de sobrepor, na cor vermelho segurança.


A distância máxima a ser percorrida em qualquer ponto da área protegida, até o acionador manual mais próximo, não deve ser superior a 16 m e a distancia entre acionadores manuais não deve ultrapassar 30 m.


Os dispositivos do sistema de detecção capazes de identificar individualmente o dispositivo acionado, interligado a uma central, são denominados como endereçáveis. Esta característica tem se tornado muito comum e de grande utilidade nos procedimentos de operação e manutenção do sistema. Essa funcionalidade pode ajudar na localização mais precisa dos pontos de monitoração de focos de irregularidades.

Extintores/Acionadores

De uma maneira geral existe dois modos ou sub-sistemas de extinção de incêndio, um a base de água e outro a base de gás do tipo FM-200.
A água nem sempre é um elemento apropriado para combate de incêndio em ambientes industriais e facilidades do tipo infra-estrutura de telecom, pois o seu uso certamente incorrerá a paralisação da operação do site.

Extinção por Água

Os dispositivos de extinção neste caso são denominados por: Sistema Splinker (chuveiros automáticos para extinção de incêndio). Eles são os dispositivos mais comuns para combate contra fogo, provendo alta confiabilidade e baixo impacto ambiental. Os “chuveiros” são ligados à tubulação de água pressurizada por bombas no instante de acionamento do sistema, provendo uma verdadeira chuva artificial no ambiente.

Gás Halocarbono

O principal gás do tipo Halocarbono usado no combate ao fogo é HFC-227, conhecido por seu nome comercial FM-200. A extinção do fogo se dá por uma mistura de calor e reação química. Ele é considerado seguro para uso em locais ocupados por pessoas. O Carbon Dioxide Carbon Dioxide (CO2 ) foi usado por muitos anos, entretanto o CO2 é um asfixiante na concentração exigida para extinguir o fogo, e então era usado apenas para ambientes não freqüentados por pessoas.
O custo associado à instalação e manutenção do sistema baseado no gás FM é significativamente maior que o sistema a água. Devido a isto, é possível encontrar sistemas de extinção com combinações dos dois modos, onde o FM-200 é o elemento principal e o sistema com splinklers entra num estágio secundário, caso seja necessário.
Antes da descarga de agentes extintores, a central deve efetuar no mínimo, os seguintes comandos:

- Atuar: avisadores sonoros e visuais, luzes de rotas de fuga, dispositivos de alívio de pressão, bombas de incêndio, etc;
- Desligar: sistemas de ventilação ou ar condicionado, alimentação elétrica, bombas de alimentação de combustíveis;
- Fechar: portas corta-fogo, dampers, válvulas de alimentação de combustíveis;
- Desbloquear: portas de fuga, no caso de sistemas de controle de acesso.

Para o cálculo do tempo de evacuação, deve-se considerar o tempo que uma pessoa, caminhando em velocidade não superior a 40 metros/minuto, mesmo situada em local e condição mais desfavoráveis da área protegida, consegue chegar a um local seguro.

Alarmes Sonoros e Visuais

Dispositivo que sinaliza sonora e/ou visualmente qualquer ocorrência auxiliar relacionada ao sistema.

Devem ser instalados, em quantidades suficientes, nos locais que permitam sua visualização e/ou audição, em qualquer ponto do ambiente no qual estão instalados, nas condições normais de trabalho deste ambiente, sem impedir a comunicação verbal próximo do local de instalação.


Os avisadores visuais deverão ter intensidade luminosa mínima de 15 cd e máxima de 300 cd, devendo ser instalados preferencialmente na parede, a uma altura entre 2,20 a 3,50 m , de forma embutida ou sobreposta.


Os avisadores visuais, deverão ser pulsantes, com freqüência entre 1 e 6 Hz.


Os avisadores sonoros devem apresentar potência sonora de 15 dBA acima do nível médio de som do ambiente, ou 5 dBA acima do nível máximo de som, medidos a 3 metros da fonte.

Os avisadores sonoros deverão ser instalados preferencialmente na parede, a uma altura entre 2,20 a 3,50 m , de forma embutida ou sobreposta.

Central de Supervisão e Controle

As funções de automatismo desse sistema são comumente exercidas pela central de supervisão, que implementa todas as funções de uma central de incêndio. O equipamento é destinado a processar e supervisionar os sinais provenientes dos detectores, e dispositivos de campo, convertendo-os em sinalizações adequadas, comandando e controlando os demais componentes do sistema de detecção e alarmes, bem como suas interfaces com outros sistemas.

As interfaces para os dispositivos desse sistema são:

- Interface com sensores ópticos de fumaça e termo-velocimétricos (detector atua com variações rápidas de temperatura);
- Interface com botoeiras de alarme;
- Saída para sirene;
- Saída para sistema de combate (liberação de gás de extinção de fogo FM200).
- Reset de laço de sensores convencionais;
- Bloqueio do sistema de ar condicionado.
- Interface com sistema de automação de site.

As principais indicações luminosas da central são:

- Fogo Geral;
- Defeito Geral;
- Pré-alarme;
- Defeito de laço no display;
- Sistema ligado;
- Alarme de defeito no display;
- Falta de alimentação;
- Avanço no display;
- Defeito no sistema.

Em estações assistidas deve ser localizada em áreas de rápido acesso, como salas de controle, salas de segurança ou bombeiros, portaria principal de edifícios, sob vigilância constante de operadores habilitados e treinados.


Em sites de telecom não assistidos, devem ficar junto à central de automação da estação próximas aos quadros de energia AC e DC, tipicamente situados próximos à porta de entrada da estação.

No interior das centrais só poderão ser instaladas baterias seladas.

A área de instalação da central não deve estar próxima a materiais inflamáveis ou tóxicos, deve ser ventilada e protegida contra a penetração de gases e vapores.

O local de instalação da central deve ter rotas de fuga seguras para os operadores.

O local da instalação da central deve permitir a rápida comunicação entre este e o Corpo de Bombeiros ou Brigada de Incêndio.

Deve-se prever um espaço livre mínimo de 1 m 2 em frente à central, destinado a manutenção preventiva e corretiva.

Na atuação de um detector, a central deve comandar automaticamente o desligamento do sistema de ventilação, ar condicionado e o fechamento dos dampers corta-fogo, da área em alarme.

Em estações não assistidas o sistema de combate automático de incêndio deverá temporizar aguardando um comando do centro de operação para inibir a liberação do gás de extinção de incêndio. Não ocorrendo a inibição local ou remota, o sistema irá liberar toda carga do gás, sinalizando ao centro de operação o evento.