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quinta-feira, 21 de julho de 2011

A Postura Correta


Neste Artigo:

- A postura correta
- Atividades e postura
- As crianças, a escola e o lazer
- Doenças ligadas à postura
- Escolhendo um profissional
- Cuidados no trabalho
- O repouso
- Veja Outros Artigos Relacionados ao Tema

A má postura pode ser causa de várias lesões. Cuidar da postura no trabalho, no lazer e em casa, fazer caminhadas e alongamentos são atitudes que promovem a saúde e ajudam a combater as lesões posturais. Muitas pessoas são acometidas de dores no corpo, principalmente nas costas, e somente depois de algum tempo percebem que sua postura estava errada. A educação postural é algo que se deve perseguir desde a infância, para evitar problemas na idade adulta.

A postura correta

O Dr. Mauro Bosi, ortopedista do Fusame - Hospital Municipal de Americana, interior de São Paulo explica que para se ter uma postura correta é preciso praticar atividade física regularmente, corrigir sempre a própria postura nas atividades diárias domésticas e/ou profissionais, mantendo a coluna ereta o tempo todo.

Existem três desvios na coluna, relata Dr. Bosi, que são a escoliose, a cifose e a lordose, os quais podem ser congênitos ou adquiridos. Segundo ele, são problemas físicos que podem ser tratados conservadoramente com fisioterapia e/ou coletes, ou, quando o caso requer, com tratamento cirúrgico. A má postura leva inicialmente a dor e depois a uma deformidade que pode tornar-se irreversível (geralmente em pacientes idosos), acrescenta.

Atividades e postura

São vários os tipos de trabalho que obrigam a pessoa a manter certas posições do corpo durante muito tempo e que podem acarretar problemas posturais. Os dentistas, os ourives, os digitadores, os estivadores, entre outros, podem ter sua postura afetada pelo trabalho. Dr. Bosi lembra que, na verdade, todos os trabalhos, sejam eles em pé ou sentados, necessitam de uma ergometria correta (posição e tamanho da cadeira, da mesa, do computador, do teclado, etc...) para prevenir defeitos posturais. Assim, qualquer postura que não obedeça a esses princípios pode acarretar problemas.

Uma pessoa que se senta de maneira encurvada, em uma cadeira inadequada para costurar ou digitar pode vir a ter problemas no cóccix. Esse problema pode ser corrigido como? A dor no cóccix pode acontecer por sobrecarga local (sentar-se por muito tempo) ou queda sentado, responde Dr. Bosi. O tratamento é feito com analgésicos, antiinflamatório e calor local. A pessoa deve ainda procurar sentar-se, daí por diante, em lugar macio.

Que são métodos cinésioterapêuticos e como se aplicam para a postura? Cinesioterapia é a terapia através dos movimentos (exercícios de uma forma geral) e amplamente utilizada na correção da postura, relata o médico. Além disso, ioga, alongamentos musculares, reeducação postural global (da Escola Francesa), hidroterapia, são recursos que podem auxiliar.

As crianças, a escola e o lazer

O que os pais devem ensinar à criança para que ela tenha uma boa postura? O pé chato tem alguma relação com isto?, são perguntas que os pais se fazem. O Dr. Bosi diz que o pé chato nada tem a ver com postura incorreta. As crianças devem ser alertadas ao sentar para estudar, ver tv e vídeo games, carregar materiais escolares pesados de um lado só do corpo, e outras posturas incorretas do dia-a-dia. Devem ter o hábito de praticar qualquer atividade física o mais precocemente possível, dando preferência a esportes aquáticos.

O peso das mochilas deve ser regularmente vistoriado pelos pais, pois este é um problema muito sério e que as escolas devem prestar bastante atenção. Uma criança que porta quatro cadernos e mais quatro livros didáticos, além de lanche e outros acessórios, está carregando diariamente um peso demasiado grande para seu porte físico. É preciso uma campanha junto a pais e professores e é direito dos pais questionarem a escola sempre que a criança for obrigada a transportar (muitas vezes em longos trajetos da casa até a escola) um volume excessivo de material escolar.

Em casa, outro problema que pode influir na postura é a permanência da criança em frente ao computador, jogando vídeo game ou navegando na Internet. Essa criança - isso vale também para o adulto - deve ser ensinada a ter os pés apoiados em uma superfície sólida, coxas paralelas ao solo e ajustar a cadeira de modo que fique bem encostado na parte de trás, com os joelhos dobrados em ângulo de 90º, diz a Dra. Tricia Lyons, fisioterapeuta da Health Corp. Consulting, na California State University, EUA.

Doenças ligadas à postura

Uma doença se desenvolve como resultado do desgaste dos tecidos do corpo - juntas, ligamentos, tendões, nervos e músculos, relata Dra. Tricia. A postura, a repetição e os movimentos onde há constante esforço são fatores que propiciam a LER (Lesão por Esforço Repetitivo), como os vídeo games.

Normalmente, afirma a médica, duas horas por dia de trabalho no computador não significarão um risco de adquirir LER. No entanto, a maioria das pessoas usa computador pelo menos de quatro a dez horas por dia, pois o fazem tanto em casa quanto no trabalho. A Dra. Tricia recomenda que essas pessoas façam um registro do tempo que despendem no computador. Com isso, ela acredita que vão perceber que passam tempo demais na posição sentada e que precisam intercalar atividades para não contraírem LER ou outra doença relacionada à postura.

Escolhendo um profissional

Encontrar o profissional ideal para tratar de assuntos relacionados às dores e aos problemas de coluna, à má postura, e principalmente às lesões por esforço repetitivo (LER) não é tarefa tão fácil. Dependendo do problema, ele pode ser mais bem detectado pelo ortopedista, reumatologista, pelo fisioterapeuta, por um médico do trabalho, um clínico geral ou um neurologista. Como as dores lombares e outros males afetando a coluna podem ter diversas causas, é preciso encontrar um profissional que dê um diagnóstico 100% eficaz.

Nesse caso, as perguntas que uma pessoa deve fazer a si mesma são:

- Meu médico faz parte do plano de saúde que eu possuo? (caso tenha plano de saúde).

- Meu médico tem horários compatíveis com os meus?

- Onde posso encontrar meu médico, em caso de emergência?

- Tenho tempo durante a consulta, ou sinto que estou sendo apressado?

- Posso abrir-me com ele naturalmente?

- Ele me explica e me faz perguntas de maneira que eu possa entender?

- Sinto-me confortável durante a consulta e recebo atenção?

Cuidados no trabalho

Pessoas que executam serviço repetitivo (digitar, levantar e abaixar maquinários, etc) tendem a ser acometidas de LER. As empresas já estão se dando conta de que os afastamentos e as trocas de funcionários por lesões repetitivas não trazem benefício nem a elas próprias, nem aos empregados. Para que isto não ocorra, há corporações hoje que já se preocupam com a altura certa das cadeiras, das bancadas, dos maquinários, e fazem um acompanhamento mais acurado quanto à postura e a força do empregado no momento do trabalho. Outras empresas chegam a contratar especialistas para promover momentos de alongamento entre os funcionários, o que pode ser muito útil na prevenção postural e de doenças da LER.

Além disto, mudar o empregado de setor é uma alternativa, bem como oferecer intervalos regulares no trabalho. Esses intervalos, ao contrário do que pensam alguns empresários, fazem com que o rendimento e a atenção do trabalho aumentem.

O repouso

O sono mal dormido (tenso) pode influir na postura? Qual o tipo de colchão mais adequado para um bom repouso? O que há de verdade e de mentira nos anúncios sobre colchões?

O Dr. Bosi diz que o colchão tem que ser plano, não duro, e o estrado reto. Não há necessidade de comprar "colchão ortopédico", mas um bom colchão, que a pessoa mesma deve experimentar ou vistoriar atentamente no ato da compra. Por outro lado, um colchão de má qualidade, com espuma muito fina, por exemplo, em pouco tempo pode ser responsável pelo cansaço que a pessoa tem na hora de acordar e ao longo do dia, prejudicando sua saúde e suas atividades. O período de repouso também é importante, preferencialmente intercalado entre os períodos de trabalho, dando oportunidade aos músculos para relaxarem.

quinta-feira, 2 de junho de 2011








A O profissional da área de SEGURANÇA DO TRABALHO é exigido muita responsabilidade no trabalho, que é a capacidade de assumir compromissos diante do que lhe é proposto e de suas atribuições, de maneira a responder pelos resultados, pois a a falta de atenção, responsabilidade, supertição e etc...





O exemplo a falta dessas caracteristica profissional - pode contribuir com o acidente de trabalho, e alguns a perda parcial dos membro ou até a morte do mesmo.




Este site é um exemplo disso:




http://unepitst.blogspot.com/p/imagens-acidente-de-trabalho.html

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quando exposto a
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de segurança e os de trava-dupla
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trabalho. Capacidade de 100kg.

sexta-feira, 27 de maio de 2011





1 NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES


A Norma Regulamentadora 5, cujo título é Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA) estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas
em organizar e manter, dependendo da sua classificação nacional de atividade
econômica e do código da atividade, uma comissão interna constituída por
representantes dos empregados e do empregador. A NR 5 tem sua existência
jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 163 a 165 do
Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

1.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
· Instrução Normativa INSS/PRES no 11, de 20/09/06 - Apresenta as formas
de preenchimento da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) e dá
outras providências.
· Portaria Interministerial no 3.195 do Ministério do Trabalho e Ministério
da Saúde, de 10/08/88 - Institui em âmbito nacional a Campanha Nacional
de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CANPAT).
· Portaria MTb/SSST no 04, de 04/07/95 - Aprova o novo texto da NR 18 -
Obras de Construção, Demolição e Reparos. Item 18.333 e seus subitens.
· Portaria MTb/SSST no 53, de 17/12/97 - Aprova o texto da Norma
Regulamentadora NR 29, relativa à segurança e saúde no trabalho
portuário. Item 29.2.2 e seus subitens.
· Portaria MTE no 2.037, de 15/12/99 - Altera a NR 22 que dispõe sobre
Trabalhos Subterrâneos, item 22.36 e seus subitens.
· Portaria MTE/GM no 86, de 3/3/05 - Aprova o texto da NR 31, relativa à
segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura,
exploração florestal e aqüicultura.
· Portaria MTE/GM no 485, de 11/11/05 - Aprova o texto da NR 32, relativa à
segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde.
· Portaria MTE/SIT no 15, de 10/05/01 - Alterou o Art. 2º da Portaria MTE no
09/99 retirando e incluindo novos representantes nas Comissões bi e
tripartite.
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· Portaria MTE/SIT no 16, de 10/05/01 - Altera os Grupos C-24 e C-24b do
Quadro II e cria os Grupos C-24c - Transporte rodoviário de passageiros e
cargas e C-24d - Transporte ferroviário de passageiros metroviário e
ferroviário de cargas. Inclui o quadro dos Grupos C-24c e C-24d no Quadro
I.
· Portaria MTE/SSST no 08, de 23/02/99 - Altera a NR 5 que dispõe sobre a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
· Portaria MTE/SSST no 09, de 23/02/99 - Dispõe sobre recepção de
propostas de alteração de itens da NR 5 .
· Portaria MTE/SSST no 24, de 27/5/99 - Procedimentos para
dimensionamento de CIPA na Indústria da Construção, constantes dos
grupos C18 e C18a.
· Portaria MTE/SSST no 82, de 23/02/99 - Dispõe sobre os prazos para
análise de denúncias de irregularidade nos processo eleitoral e no
treinamento previstos na NR 5.
· Nota Técnica MTE/DSST 49, de 27/08/03 - Consulta sobre itens da NR 5
(CIPA) relativa à eleição do vice-presidente e treinamento para reeleitos.


1.2 PERGUNTAS E RESPOSTAS COMENTADAS
1.2.1 - Quem está obrigado a constituir CIPA?
Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento
as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da
administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas,
cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como
empregados.
1.2.2 - O que deve ocorrer com empresas que possuem em um mesmo
município dois ou mais estabelecimentos?
Conforme o item 5.4 da NR 5, a empresa que possuir em um mesmo município dois
ou mais estabelecimentos deverá garantir a integração das CIPAs e dos designados,
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conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de segurança e saúde
ocupacional da empresa.
1.2.3 - Quais são os objetivos da CIPA?
Garantir a representação dos trabalhadores nas questões de melhoria da segurança
e saúde ocupacional. Observar e relatar condições de risco nos ambientes de
trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou
neutralizar os mesmos, discutir os acidentes ocorridos, encaminhando aos Serviços
Especializados em Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e ao
empregador o resultado da discussão, solicitando medidas que previnam acidentes
semelhantes e, ainda, orientar os demais trabalhadores quanto à prevenção de
acidentes.
A CIPA deve ser composta por representantes do empregador e dos empregados,
de acordo com as proporções mínimas estabelecidas no Quadro I da NR 5. Sendo
que os representantes do empregador são indicados pelo empregador e os
representantes dos empregados são eleitos por meio de votação dos empregados.
A CIPA deve ser composta por representantes da maior parte dos setores do
estabelecimento, sendo que não deve faltar, em qualquer hipótese, a representação
dos setores que ofereçam maior número de acidentes.
1.2.5 - Quantos suplentes devem existir na CIPA?
Cada representante titular na CIPA deverá ter um suplente que pertença ao mesmo
setor.
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1.2.6 - O que ocorre quando uma empresa não é enquadrada pela NR 5 para
constituir CIPA?
A administração da empresa deverá designar um responsável pelo cumprimento das
atribuições desta NR, devendo o empregador promover seu treinamento conforme
dispõe para qualquer outro membro da CIPA.
A NR 5 não estabelece a necessidade de registro deste representante na Delegacia
Regional do Trabalho (DRT), entretanto nada impede que a empresa faça isso de
forma voluntária.
1.2.7 - Para os grupos dos setores econômicos C-18 e C-18A (Construção)
como deve ser construída a CIPA?
Nos grupos C-18 e C-18A (Construção) deverá ser constituída a CIPA por
estabelecimento a partir de 70 trabalhadores. Quando o estabelecimento possuir
menos de 70 trabalhadores, observar o dimensionamento descrito na NR 18 -
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - subitem
18.33.1.
1.2.8 - Por quantos mandatos consecutivos poderão ser indicados os membros
titulares da CIPA representantes do empregador?
Por até 2 (dois) mandatos.
1.2.9 - Quando é que deve ser procedido o registro da CIPA no órgão regional
do MTE?
Até 10 (dez) dias após a eleição.
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1.2.10 - Quais documentos devem ser apresentados para realizar o pedido de
registro da CIPA?
Cópia da ata de eleição, cópia da ata de instalação e posse, calendário das reuniões
ordinárias, onde devem constar dia, mês, hora e local de realização das reuniões.
1.2.11 - Qual é o procedimento legal para compor a representação, titulares e
suplentes, dos empregados na CIPA?
Através de eleição por escrutínio (voto) secreto.
1.2.12 - Como deve ser realizada a eleição dos membros representantes dos
empregados na CIPA?
Deverá ser realizada durante o expediente normal da empresa, respeitados os
turnos, e será obrigatória, devendo ter a participação de, no mínimo, metade mais
um do número de empregados de cada setor.
1.2.13 - A eleição pode ser anulada?
Sim, desde que constatada alguma irregularidade na sua realização.
1.2.14 - Por quanto tempo deve durar o mandato dos membros da CIPA?
Terá a duração de 01(um) ano, permitida 01 (uma) reeleição.
1.2.15 - Quando é que o membro da CIPA perde o direito a reeleição?
Quando o mesmo participa de menos da metade do número de reuniões da CIPA.
1.2.16 - Quando ocorre de o membro titular perder o mandato?
Quando o mesmo faltar a mais de 04 (quatro) reuniões ordinárias sem justificativa.
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1.2.17 - Quem deve designar o presidente da CIPA?
O empregador.
1.2.18 - Que membro pode ser designado para presidente da CIPA?
Somente os membros representantes do empregador.
1.2.19 - Quem, e como, ocupará a vice-presidência da CIPA?
Este será obrigatoriamente um membro titular da representação dos empregados e
por eles escolhido.
1.2.20 - Quando é que ocorre a substituição do presidente pelo vice-presidente
da CIPA?
Quando ocorrer impedimentos eventuais e afastamentos temporários.
1.2.21 - Quando é que ocorre a substituição do titular pelo suplente?
Em apenas duas situações: a) quando o suplente tiver participado de mais de 04
(quatro) reuniões ordinárias da CIPA como substituto do titular, que faltou por motivo
não-justificado; b) quando ocorrer cessação do contrato de trabalho do membro
titular.
1.2.22 - Quando é que deve ser convocada uma reunião extraordinária da
CIPA?
Quando houver constatação de risco e/ou ocorrer acidente de trabalho, com ou sem
vítima, cabendo ao responsável pelo setor comunicar, de imediato, ao presidente da
CIPA, o qual, em função da gravidade, convocará a reunião extraordinária.
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1.2.23 - O que deve a CIPA fazer depois de discutir sobre o acidente na reunião
extraordinária?
Deve encaminhar aos SESMT e ao empregador o resultado dessa discussão e as
solicitações de providências.
1.2.24 - O que deve o empregador fazer depois de receber essas solicitações?
Deve ouvir a opinião dos SESMT para no prazo de até 08 (oito) dias, responder à
CIPA indicando as providências adotadas ou a sua discordância devidamente
justificada.
1.2.25 - O que deve ocorrer quando o empregador discorda das solicitações da
CIPA e esta não aceita a sua justificativa?
Deve o empregador solicitar a presença do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
no prazo máximo de 08 (oito) dias a partir da data da comunicação da não-aceitação
pela CIPA.
1.2.26 - A quem cabe na empresa promover a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho (SIPAT)?
A CIPA é responsável pela organização da SIPAT com o apoio dos SESMT.
1.2.27 - A quem cabe coordenar todas as atribuições da CIPA?
Ao presidente da CIPA.
1.2.28 - Como será escolhido o secretário da CIPA?
Segundo o item 5.13 da NR 5, será escolhido de comum acordo pelos
representantes do empregador e dos empregados. O secretário da CIPA não precisa
ser membro eleito. A anuência do empregador só se faz necessária se o secretário
não for membro da CIPA.
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Será, entretanto, de bom princípio a comunicação ao empregador sobre quem será
o secretário, em função das atribuições que lhe serão delegadas. A consulta ao
empregador pode ser feita pelo próprio presidente da CIPA e não precisa ser
formalizada por escrito. Pode ser uma consulta informal. O secretário e seu
substituto só terão direito à garantia de emprego quando forem membros eleitos da
CIPA.
1.2.29 - O que dispõe a NR 5 sobre o curso básico de cipeiro?
Dispõe que cabe ao empregador promover, para todos os membros da CIPA,
titulares e suplentes, inclusive o secretário e seu substituto, em horário de
expediente normal da empresa, curso sobre prevenção de acidentes do trabalho,
com carga horária mínima de 18 (dezoito) horas, obedecendo a um currículo básico.
1.2.30 - Quem deve ministrar o curso de cipeiro?
Deverá ser realizado de preferência pelos SESMT da empresa e, na impossibilidade,
por entidades especializadas em segurança do trabalho, entidades sindicais para a
categoria profissional correspondente ou ainda por centros e empresas de
treinamento, todos credenciados, para esse fim, na DRT, órgão regional do MTE.
1.2.31 - A quem cabe na empresa cuidar para que todos os titulares de
representações na CIPA compareçam às reuniões ordinárias e/ou
extraordinárias?
Ao empregador.
1.2.32 - A quem cabe na empresa indicar à CIPA e aos SESMT situações de
risco e apresentar sugestões para a melhoria das condições de trabalho?
Aos empregados.
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1.2.33 - Em que periodicidade e condições deve se reunir a CIPA?
A CIPA se reunirá com todos os seus membros, pelo menos uma vez por mês, em
local apropriado e durante o expediente normal da empresa, obedecendo ao
calendário anual.
1.2.34 - Que exigências legais são postas após o registro da CIPA?
Que a mesma não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como
não poderá ser desativada pelo empregador antes do término do mandato de seus
membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto
nos casos em que houver encerramento da atividade do estabelecimento.
1.2.35 - Os membros da CIPA eleitos podem ser despedidos da empresa?
O item 5.8 da NR 5 estabelece que é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa
causa do empregado eleito para cargo de direção de CIPA desde o registro de sua
candidatura até um ano após o final de seu mandato.
Os motivos da dispensa arbitrária, apresentados anteriormente, estão em
conformidade com o Art. 477 da CLT, que prevê o rompimento do contrato de
trabalho com “demissão por justa causa”. O parágrafo único do Art. 165 (CLT)
determina que caberá à empresa comprovar, em caso de reclamação trabalhista, os
motivos que levaram à demissão do empregado eleito para a CIPA no período da
estabilidade (suplente ou titular).
1.2.36 - Os suplentes eleitos da CIPA podem ser despedidos da empresa?
O direito de estabilidade é direito dos funcionários eleitos para a formação da CIPA,
sejam eles efetivos ou suplentes. O Enunciado 339 do Tribunal Superior do Trabalho
(TST) entende que o suplente goza das mesmas garantias de emprego, previstas no
Art. 10, inciso II, alínea “a”, do Ato das Disposições Transitórias. Isso significa que os
representantes eleitos, efetivos e suplentes, não podem ser dispensados a partir da
data do registro da candidatura até um ano após o término do mandato.
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1.2.37 - Um empregado em curso de seu contrato de experiência poderá ser
eleito para direção da CIPA?
Esta questão não está explícita na NR 5, porém, destaca que se deve observar o
contrato de trabalho, lembrando que, no caso de um trabalhador, em contrato de
experiência, se eleito, seu contrato de experiência não permite ou não lhe dará
direito à estabilidade. Assim, ele poderá também ser demitido no final da
experiência.
1.2.38 - Ao terminar uma obra, os membros da CIPA podem ser desligados da
empresa?
Sim. O mandato da CIPA é considerado finalizado em caso de encerramento de
atividades do estabelecimento e da obra. Nesse caso, cessa também a estabilidade
dos membros da CIPA.
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1.3 COMENTÁRIOS
· Caso seja desejo do empregado se desligar da empresa, deverá primeiramente
solicitar por escrito sua renúncia ao mandato da CIPA ou ao direito à garantia de
emprego, quando o mandato já houver encerrado.
· A empresa deverá enviar correspondência a DRT, órgão regional do MTE
comunicando o fato e a substituição do membro da CIPA pelo suplente. A
empresa poderá efetivar o acordo junto ao sindicato da categoria. O número de
suplentes, constante no Quadro I, deve ser mantido com a nomeação do próximo
candidato mais votado, conforme a ata de eleição.
· Devem constituir CIPA os empregadores, ou seus equiparados, que possuam
empregados, conforme as determinações do Art. 3º da CLT em número acima do
mínimo estabelecido no Quadro I (Dimensionamento de CIPA) para sua
categoria específica. As empresas que possuam empregados em número inferior
devem indicar um designado, conforme estabelece o item 5.6.4 da NR 5.
· É importante verificar que a NR 5 fala algumas vezes em trabalhadores e
algumas vezes em empregados. Quando a norma diz empregados, refere-se
àqueles com vínculo de emprego com a empresa determinada. Quando refere-se
a trabalhadores, engloba todos os que trabalham no estabelecimento de
determinada empresa, ainda que sejam contratados por outras.
· Deve ser considerado empregado, para fins de constituição da CIPA, a pessoa
física que preste serviço de natureza não-eventual ao empregador, sob
dependência desse e mediante salário.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

LER (Lesões por Esforços Repetitivos), um problema oculto


Os problemas que um motoprofissional enfrenta não se resumem
à loucura do trânsito ou ao tempo apertado para uma entrega e outra.
É preciso ficar atento às LER, mal que assola muitos motociclistas
e que pode trazer sérios danos a sua saúde.

Se você é motoprofissional, se liga! Deve ter cuidado não apenas com os outros veículos, mas também com a sua saúde.
O movimento que você faz repetidamente centenas de vezes ao dia, como girar o punho ao acelerar, apertar o manete da embreagem, ou até mesmo mover os pés na hora de frear ou de mudar de marcha, pode lhe causar problemas como as LER, também conhecidas como os DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

As LER são inflamações que ocorrem em tendões, músculos e nervos, podendo atingir também os ligamentos. É nos membros superiores do corpo que essa doença costuma se manifestar, mais especificamente nas mãos, punhos, braços, ombros, tórax e até mesmo no pescoço.

No caso específico dos motoprofissionais, o problema que acontece com maior frequência é a tendinite do polegar e também as lesões no cotovelo e ombro, que por sua vez são causadas em virtude dos braços ficarem esticados por várias horas.
Segundo os fisioterapeutas, os maiores causadores e agravantes das LER são as repetições de movimentos, a postura incorreta, ritmo intenso de trabalho e as jornadas excessivamente longas. O frio intenso e o estresse também provocam este mal.


Infelizmente a evolução dessa lesão causa grande desconforto, muita dor, podendo até causar invalidez. Por esse motivo, é preciso se prevenir contra as LER mudando seus hábitos e tomando alguns cuidados.

Procure alongar o corpo quando você se espreguiça ao acordar. Se possível, exercite-se para que os músculos possam relaxar as articulações e a musculatura que são mais exigidas.

Ao conduzir sua motocicleta, mantenha a postura correta e os punhos retos. Se for necessário, ajuste os manetes para que, na hora de acioná-los, você não precise dobrá-los excessivamente. Os pés devem ser apoiados horizontalmente, e nunca com as pontas voltadas para o chão.

Se sua moto tem o guidão muito fechado para facilitar a passagem entre os carros, é melhor que você volte a utilizar o original, pois os braços precisam ficar relaxados, ligeiramente abertos.

Para ajudar na prevenção, sempre que possível, faça uma pausa e caminhe alguns metros.
Evitar essas lesões e ter uma vida saudável só depende de você, por isso... te cuida!





Postura errada durante o trabalho pode prejudicar desempenho


Dores nas costas, nas pernas ou de cabeça. Estes são sinais de que a postura errada no trabalho causou lesões corporais. Diante destes sintomas, no entanto, fica difícil se concentrar nas atividades, o que causa queda no rendimento do profissional.

De acordo com a terapeuta Patrícia Lacombe, com a rotina, as pessoas acabam por construir um ciclo vicioso, que começa com hábitos posturais errados, seguidos de esforço repetitivo, fadiga e dores.

“No final, sofre o trabalhador, que tem sua qualidade de vida altamente comprometida, e a empresa, que vivencia um alto índice de absenteísmo”, disse.

Pequenas atitudes ajudam
Alongar-se antes de começar o trabalho, levantar-se durante alguns minutos depois de duas horas sentado e evitar manter a coluna curvada são atitudes que não exigem muito do trabalhador, mas que evitarão estes sintomas.

“Trabalhar oito horas diárias sentado significa ter 2.688 horas de pressão sobre os discos da coluna por ano. Quando uma dor persiste por três meses consecutivos merece atenção, pois indica que o corpo precisa de ajuda”, explicou.

Empresas devem investir em educação postural
A atenção à postura no ambiente de trabalho está em pauta, segundo disse a terapeuta. “Oferecer condições para que o corpo exerça suas funções de forma harmônica e eficiente é tarefa de empresas que se preocupam genuinamente com o talento humano”.

As companhias que se interessam por este fator podem investir na ginástica holística, indica Patrícia, método educativo, preventivo e terapêutico com 800 movimentos que agem sobre a respiração, o equilíbrio e o tônus muscular.

quinta-feira, 19 de maio de 2011



Toxicologia Ocupacional: Ocupa-se da identificação e do estudo do mecanismo de ação das substâncias químicas industriais, do tratamento e da prevenção de seus efeitos tóxicos.

Algumas Substâncias Tóxicas: Chumbo, Cobre, Mercúrio, Cádmio, Manganês, Zinco, Alumínio, Níquel, Cromo, Arsênico, Tiocianato, Triclorocompostos Totais e Frações, Porfirinas, Carboxihemoglobina, Ácido Hipúrico, Ácido Metil-Hipúrico, Metahemoglobina, Ácido Delta-Aminolevulínico (Ala-D e Ala-U), Fenol, Metanol, Etanol e Acetona.

NOÇÕES BÁSICAS DE TOXICOLOGIA OCUPACIONAL


INTRODUÇÃO

Com a industrialização em crescente expansão, os organismos vivos estão em contato contínuo com inúmeros agentes tóxicos em todos os ambientes, produtos tóxicos estão na comida que comemos, na água que bebemos e no ar que respiramos. De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde, estima-se que ocorrem no Brasil cerca de doze mil casos de intoxicação todos os dias. Como a previsão é de uma morte a cada mil casos, a conclusão é que cerca de doze brasileiros morrem intoxicados por medicamentos e/ou outras substâncias químicas todos os dias.
Dependendo das propriedades químicas ou físicas, estes produtos podem ser absorvidos principalmente pelo trato gastrintestinal, pulmões e/ou pele. Felizmente o nosso organismo tem a capacidade de biotransformar e excretar estes compostos na urina, fezes e ar expirado. Entretanto, quando a capacidade de absorção excede a capacidade de eliminação, compostos tóxicos podem ser acumulados em concentrações críticas em um determinado órgão alvo do nosso organismo.
O conhecimento da disposição das substâncias químicas no organismo, bem como de seus produtos de biotransformação é de grande importância quando é analisada a toxicidade das substâncias que agridem os organismos vivos.
A Toxicologia vem, portanto nos ajudar a entender os efeitos nocivos causados pelas substâncias químicas ao interagirem com os organismos vivos, tendo por objetivo a avaliação do risco de intoxicação, e desta forma estabelecer medidas de segurança na utilização e conseqüentemente prevenir a intoxicação, antes que ocorram alterações da saúde.

Áreas da Toxicologia, dependendo do campo de atuação:

Toxicologia Ambiental:
estuda os efeitos nocivos causados por substâncias químicas presentes no macroambiente (ar, água, solo);

Toxicologia Forense: estuda os aspectos médicos legais da intoxicação;

Toxicologia Social: estuda os efeitos adversos causados pelo uso de drogas, decorrente da vida em sociedade;

Toxicologia Clínica: estuda os efeitos nocivos causados pelo uso de medicamentos, drogas, etc.;

Toxicologia de Alimentos: estuda efeitos nocivos decorrentes da utilização de aditivos e da presença de resíduos de contaminantes em alimentos;

Toxicologia Ocupacional: estuda os efeitos nocivos causados por substâncias químicas presentes no ambiente de trabalho.

Nos últimos tempos, a Toxicologia Ocupacional tem merecido grande destaque porque se preocupa com a saúde dos trabalhadores que é a população produtiva de cada país.

A associação de algum efeito tóxico com uma determinada atividade profissional já é conhecida desde Paracelso e desde esta época procura-se estudar estes efeitos e estabelecer medidas de segurança no manuseio das inúmeras substâncias tóxicas que o homem é exposto em seus diferentes ambientes de trabalho.
Com o crescimento acelerado da indústria e o constante aumento do uso de produtos químicos, nem um tipo de ocupação está inteiramente livre da exposição a uma variedade de substâncias, capazes de produzirem efeitos indesejáveis sobre os sistemas biológicos. As medidas preventivas destinadas a este fim são conhecidas como procedimentos de monitoramento.
Está claro que se deve obter, pelo menos, um mínimo de informação a respeito da toxicidade das substâncias empregadas nas inúmeras ocupações do homem. Os estudos que possibilitam as obtenções dessas informações são os objetivos da toxicologia ocupacional.

Toxicologia Ocupacional foi definida, pelo comitê misto, que é constituído por: CCE/OSHA/NIOSH,
como:
“Atividade sistemática, contínua ou repetitiva, relacionada à saúde e desenvolvida para implantar medidas corretivas sempre que se façam necessárias”

COMITÊ MISTO

CCE – Comissão da Comunidade Européia
OSHA – Occupational Safety and Health Administration (USA)
NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health (USA)

Essencialmente, a toxicologia ocupacional procura prevenir o desenvolvimento das lesões tóxicas ou de doença profissional. Para cumprir tal objetivo é necessário um grande conhecimento sobre os agentes ocupacionais potencialmente tóxicos, especialmente informações sobre a toxicidade das substâncias e a relação dose/resposta.

Esses dados podem ser obtidos por meio de quatro fontes principais:

experimentação em animais;
experimentação em voluntários;
observação ao acaso no ambiente de trabalho;
pesquisas epidemiológicas.

Com os dados experimentais e epidemiológicos, torna-se possível definir critérios de segurança para cada substância (exemplo: as concentrações permissíveis) e adotar medidas de prevenção, que torne possível respeitar esses critérios. Dessa maneira, é mantida a saúde do trabalhador, ou em outras palavras, alcançado o objetivo da toxicologia ocupacional.
No mundo, em escala crescente, procura-se estabelecer e controlar os limites permissíveis (concentrações) de substâncias químicas no ambiente de trabalho, quando a exposição a uma substância química é inevitável, a fim de prevenir a intoxicação ocupacional. Essa prevenção é feita utilizando dois métodos de controle, que são complementares, mas que ainda hoje no Brasil, nem sempre são sempre aplicados.

I.1. Controle ou Monitoramento Ambiental

O monitoramento ambiental visa determinar os níveis de agentes químicos no ambiente ocupacional, para avaliar uma exposição potencial, isto é a quantidade do agente químico que pode alcançar os organismos vivos. Assim, com base nos dados obtidos e no conhecimento do risco toxicológico das substâncias, é possível evitar que a contaminação atinja níveis perigosos.

Pode se definir monitoramento ambiental como:

“A medida e a avaliação, qualitativa e quantitativa, de agentes químicos no ambiente ocupacional para estimar a exposição ambiental e o risco à saúde, comparando os resultados com referencias apropriadas”.

Este controle foi por vários anos efetuado como único modo de se prevenir o aparecimento de alterações nocivas para a saúde decorrentes da exposição ocupacional. Baseia-se na definição, para um grande número de substancias químicas, como a concentração no ar abaixo da qual nenhum efeito tóxico deverá ocorrer em pessoas normais e na vigilância para que a exposição ocupacional não ultrapasse esses limites. Esse controle considera que os agentes tóxicos penetram no organismo por inalação.
Para se estabelecer as concentrações máximas para uma exposição ocupacional uma série de informações cientificas são exigidas, tais como: os conhecimentos das propriedades físico-químicos; investigações toxicológicas sobre toxicidade aguda, sub- aguda e crônica pelas diversas vias de introdução; experimentos em animais e observações no homem. Pode se notar, que os estudos para a fixação dos limites permissíveis são complexos e dispendiosos, e apenas alguns países os realizam. Assim os EUA, “URSS”, Alemanha, Suécia e Tchecoslováquia determinam esses limites, enquanto outros paises, como a Inglaterra, Argentina, Peru, Noruega, Brasil etc, adotam os limites dos EUA com as adaptações necessárias as condições de trabalho em cada país.
No Brasil estas adaptações são feitas de acordo com a área, podendo ser do Ministério do Trabalho, da Saúde, etc. A NR-15 (Norma Regulamentadora nº 15, 1978, Ministério do Trabalho, utiliza os valores adaptados da ACGIH-USA de 1977. Estes valores foram reduzidos em 78% em virtude da jornada semanal no Brasil ser de 48 horas, naquela época (até 1989), com relação às 40h preconizadas pela ACGIH).

Os Limites de Exposição Ocupacional – LEO, propostos pela ACGIH - USA (American Conference of Governamental Industrial Hygienist), são os chamados TLV’s onde:

TLV (THERESOLD LIMIT VALUE) “referem-se às concentrações das substâncias dispersas na atmosfera que representam as condições sob as quais se acredita, que quase todos os trabalhadores possam estar expostos continua e diariamente, sem apresentar efeitos adversos à saúde”.
“Os valores de TLV são calculados para um período de 7 a 8h por dia, num total de 40h semanais, sem que isso traga danos para a sua saúde. O TLV é uma média que permite flutuações em torno dela, desde que no final da jornada de trabalho o valor médio tenha sido mantido.”

Os principais tipos de TLV são:

TLV – TWA (Time Weight Average) – È a concentração média ponderada pelo tempo de exposição para a jornada de 8h/dia, 40h/semana, à qual praticamente todos os trabalhadores podem se expor, repetidamente, sem apresentar efeitos nocivos.

TLV –STEL ((Short Time Exposure Limit) – É a concentração na qual os trabalhadores podem se expor, por um curto período, sem apresentar efeitos adversos. O tempo máximo de exposição aos valores do TLV- STEL é de 15 minutos, podendo ocorrer, no máximo, 4 vezes durante a jornada, sendo o intervalo de tempo entre cada ocorrência de pelo menos 60 minutos. O TLV – TWA não pode ser ultrapassado ao fim da jornada.

Os valores de TLV – STEL devem ser vistos como complementos dos valores de TLV – TWA. Na verdade servem para controlar flutuações das concentrações das substâncias acima dos valores de TWA estabelecidos. Os valores de TLV – STEL são determinados para substâncias que apresentam efeitos nocivos agudos, prioritariamente aos efeitos crônicos.

TLV – C (Ceiling) – É a concentração máxima permitida que não pode ser ultrapassada em momento algum durante a jornada de trabalho. Normalmente é indicado para substâncias de alta toxicidade e baixo limite de exposição.

“Contudo devido a grande variação na suscetibilidade individual uma pequena % de trabalho pode sentir desconforto diante de certas substâncias em concentrações permissíveis segundo os LTs, ou mesmo abaixo deles: um número menor pode ser mais seriamente afetado pelo agravamento de uma condição pré- existente ou pelo desenvolvimento de uma doença ocupacional”, absoluto e não pode ser em nenhum momento. Nos EUA esse valor máximo é adotado para algumas substâncias com sigla TLVc,como foi visto acima.
Esquematicamente tem –se

LT - Os limites de exposição ocupacional da NR-15, no Brasil, são chamados de Limites de Tolerância (LT) e são compilados das tabelas dos valores de TLV-TWA e se referem às concentrações médias máximas que não devem ser ultrapassadas numa jornada de 8h/dia, 48 horas/semana. É também uma média que permite flutuação ao longo da jornada de trabalho. Os LT brasileiros são extrapolados dos TLV através de uma média aritmética.
Nos EUA é calculado periodicamente o chamado nível de ação (NA), ou seja, a concentração a partir da qual os controles médicos e periódicos devem ser iniciados. De acordo com a legislação Brasileria e recomendações internacionais o NA corresponde a uma concentração igual a metade das concentrações máximas permitidas.

Onde:
NA = Nível de Ação
LEO = Limite de Exposição Ocupacional

HISTÓRICO DOS LIMITES DE TOLERÂNCIA

1933-38- União soviética regulamenta os primeiros limites
1941- “Maximum Allowable Concentratinos” (MACs) American National Strandards Institute (ANSI)
1943 - “Hvglene Guides” American Industrial Hygiene Association (AHIA)
1947 – “Threshold limit Values” (TLVs),
American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH)
1968 - Hygiene Standars British Factory Inspectorate
1969 - Maximale Arbeitdplatzkonzetration (MAK), Alemanha
1970 - Permissible Exposure Limits (PELS), OSHA/ EUA
1970 - Recommended Exposure Limits (RELS), NIOSH/ EUA
1978 - Limites de Tolerância MTPS/ Brasil
1982 - Valeurs Limites D’ Exposition Professionnalle, França

O monitoramento ambiental, entretanto, ao estimar a intensidade da exposição, não é inteiramente satisfatório para evitar o risco decorrente da exposição ocupacional a xenobióticos. Existem inúmeras variáveis que prejudicam a associação direta entre a exposição e os efeitos nocivos. Os indivíduos diferem quanto a duração e a intensidade da exposição aos contaminantes da atmosfera, aos hábitos alimentares, hábitos próprios no trabalho e no macroambiente. O monitoramento ambiental não considera, por exemplo, o trabalho extra ou o trabalho pesado, quando pode ocorrer até 20 vezes mais inalação de ar por minuto do que no trabalho leve. Além disso, as características individuais tais como sexo, idade, raça, estados nutricionais, entre outros, resultam em uma série de respostas diferentes dos diversos organismos, frente a uma mesma concentração do agente tóxico ocupacional. No entanto, para vários xenobióticos, como por exemplo aqueles que apresentam ação tóxica local (vapores de ácidos, NO, NO2, SO2 etc.), o monitoramento ambiental é o único meio de prevenir o aparecimento de intoxicações.

I.2. Controle ou Monitoramento Biológico


Existe uma série de vantagens e limitações para que seja realizado o monitoramento biológico ele é de uso limitado a poucos agentes químicos e também não pode ser utilizado para a prevenção de efeitos carcinogênicos, mutagênicos ou alergênicos, para os quais não são conhecidas as doses onde não são observados efeitos nocivos.

Dentre as vantagens do monitoramento biológico em relação ao ambiental, podemos citar:
1. Exposição relativa a um período de tempo prolongado;
2. Exposição como resultado da movimentação do trabalhador no ambiente de trabalho;
3. Absorção de uma substância, através de várias vias de introdução e, não apenas, através do sistema respiratório;
4. Exposição global, decorrentes de várias fontes de exposição, seja ocupacional, seja ambiental;
5. Quantidade da substância absorvida pelo trabalhador, em função de outros fatores (atividade física no trabalho e fatores climáticos);
6. Quantidade da substância absorvida pelo trabalhador, em função de fatores individuais (idade, sexo, características genéticas, condições funcionais dos órgãos relacionados com a biotransformação e eliminação do agente tóxico).
Quando o monitoramento biológico é realizado é considerado o fato de que o próprio homem é a melhor indicação das condições do seu local de trabalho. No monitoramento biológico é estimado o risco para a saúde dos indivíduos expostos a substâncias químicas com base na exposição interna do organismo (dose interna) todos os trabalhadores são examinados, individualmente, procurando detectar precocemente uma exposição excessiva (antes que alterações biológicas significativas ocorram) ou então, algum distúrbio biológico reversível (antes que tenham causado algum prejuízo à saúde) têm-se então dois tipos de monitoramento biológico:

1.2.1. Monitoramento Biológico propriamente dito ou de dose interna.

O monitoramento biológico de dose interna foi definido como: “A medida e avaliação de agentes químicos ou de seus produtos de biotransformação em tecidos, secreções, excreções, ar exalado ou alguma combinação desses, para estimar a exposição ou o risco à saúde quando comparados com uma referência apropriada”.
Ele visa estimar a quantidade biodisponível do agente químico (dose interna). O objetivo desse procedimento é de assegurar que a exposição do indivíduo não alcance níveis nocivos.

A dose interna pode representar :
a) a quantidade do agente químico recentemente absorvida.(exposição recente), como por exemplo o fenol urinário na exposição ao benzeno;
b) a quantidade do agente químico ligada aos sítios de ação (dose no órgão crítico) como, por exemplo, o cádmio no tecido renal
c) a quantidade armazenada num ou vários compartimentos do organismo (dose total integrada ou dose especifica num órgão) como, por exemplo, o chumbo nos ossos.


1.2.2. – Monitoramento biológico de efeito


Uma vez que o monitoramento biológico envolve prioritariamente a prevenção, o monitoramento biológico de efeito seria conceitualmente contraditório com o primeiro. Todavia, deve-se considerar que o efeito no qual esse monitoramento está baseado é o não nocivo.
O monitoramento de um efeito precoce, não nocivo, produzido por um agente químico pode, em principio, ser adequado para prevenir efeitos nocivos à saúde. Assim, o monitoramento biológico de efeito é definido como: “a medida e avaliação de efeitos biológicos precoces, para os quais não foi ainda estabelecida relação com prejuízos à saúde, em trabalhadores expostos, para estimar a exposição e/ou os riscos para saúde quando comparados com referência apropriada”.
Um efeito biológico pode ser definido como uma alteração bioquímica, funcional ou estrutural que resulta da reação do organismo à exposição. Essa alteração é considerada não nociva quando:

ao serem produzidas numa exposição prolongada não resultem em transtornos da capacidade funcional nem da capacidade do organismo para compensar nova sobrecarga;
são reversíveis e não diminuem perceptivamente a capacidade do organismo de manter sua homeostasia;
não aumentam as suscetibilidades do organismo aos efeitos indesejáveis de outros fatores ambientais tais como os químicos, os físicos, os biológicos ou sociais.

A vantagem dos testes que medem os efeitos biológicos não nocivos é que fornecem melhor informação sobre a quantidade do agente químico que interage com o sitio de ação.
Como exemplos de efeitos considerados não nocivos, temos a depressão da desidratase do ácido delta- aminolevulínico no sangue (delta- ala D) e o aumento da zinco protoporfirina no eritrócito (zn-pp) na exposição ao chumbo.
Assim, o objetivo principal do monitoramento biológico, seja ele de dose interna ou de efeito, é, essencialmente o mesmo do monitoramento ambiental, ou seja, prevenir a exposição excessiva aos agentes químicos que podem provocar efeitos nocivos, agudos ou crônicos, nos indivíduos expostos. Nos três casos o risco à saúde é avaliado comparando o valor medido, com um padrão de segurança.
1.2.3. Indicador biológico de exposição ou Indicadores biológicos de intoxicação ou biomarcadores
Conceito: Indicador Biológico de Exposição é uma substância química, elemento químico, atividade enzimática ou constituintes dos organismos, cuja concentração (ou atividade) em fluido biológico (sangue, urina, ar exalado) ou em tecidos, possui relação com a exposição ambiental a determinado agente tóxico. A substância ou elemento químico determinado pode ser produto de uma biotransformação ou alteração bioquímica precoce decorrente da introdução deste agente tóxico, no organismo. Para os agentes químicos preconizados na NR-7, é definido o Índice Biológico Máximo Permitido (IBMP) que é “O valor máximo do indicador biológico para o qual se supõe que a maioria das pessoas ocupacionalmente expostas não corre risco de dano à saúde. A ultrapassagem deste valor significa exposição excessiva”. Este Valor (IBMP) deve ter correlação com a concentração do agente químico no ambiente de trabalho e é definida como limite de tolerância ou limite de exposição ocupacional.
Para realizar o monitoramento biológico é preciso ter o indicador biológico, que pode ser definido como todo agente tóxico inalterado e/ou seu produto de biotransformação, determinado em amostras representativas do organismo dos trabalhadores expostos (sangue, urina e ar expirados) assim como a identificação de alterações biológicas precoces decorrentes da exposição.
Dentre os fatores que podem influenciar os níveis dos indicadores biológicos, podemos citar os seguintes:

fatores não ocupacionais:
Hábitos pessoais (por ex., álcool, fumo)
Fármacos (por ex., aspirina)
Fatores constitucionais (por ex., espécie, sexo, idade)
Fatores patológicos (por ex., pessoas anêmicas expostas a metais – Cd, Pb, Hg – terão seus níveis mais baixos)
Fatores ligados às características dos fluídos biológicos (densidade da urina, correção pela creatinina urinária )
Dentre os fatores ocupacionais podemos citar as interações metabólicas, decorrentes de exposições múltiplas a vários agentes industriais. Alguns itens devem ser observados para uma boa "performance" dos exames toxicológicos
Momento da amostragem (padronização pela NR-7 em função da permanência dos indicadores biológicos no organismo).
Utilização de frascos adequados para coleta (evitar contaminação, principalmente nas análises de metais).
Observar que a coleta seja realizada em local afastado do local de trabalho (evitar contaminação exógena).
Evitar urinas muito diluídas (comprometem o resultado em função da correção pela creatinina urinária)
Os resultados obtidos dos exames dos indicadores biológicos são comparados com referências apropriadas. Aqui no Brasil a legislação que estabelece estas referências é regulamentada pela NR –7 Portaria nº 24 de 29/12/94 da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, onde são definidos os parâmetros para o controle biológico de exposição a alguns agentes químicos.

1.2.4. Vigilância a saúde

É necessário estabelecer claramente, a diferença entre monitoramento biológico e vigilância a saúde. Esta ultima é definida pelo Comitê misto CCE/OSHA/NIOSH como: ”exames médico fisiológicos periódicos de trabalhadores expostos, com o objetivo de proteger a saúde de detectar precocemente a doença”. A detecção da doença instalada esta fora do propósito desta definição. Então a vigilância à saúde utiliza indicadores sensíveis que auxiliam na detecção, porém não na prevenção de sinais precoces de alterações orgânicas provocadas pela interação do agente químico com o organismo.
A vigilância à saúde é um procedimento médico no qual se recombinam os diversos elementos, obtidos a partir do exame clínico do trabalhador, aos quais se somam os do monitoramento biológico, para se obter um quadro geral da condição e saúde do trabalhador, relacionando-a com uma atividade específica.
Em programas de vigilância à saúde são utilizados os indicadores do efeito nocivo que revela a fase inicial, reversível, da intoxicação. Os exames podem necessitar de especificidade com relação à exposição. Como exemplos, podem ser citadas as provas de função hepática, que poderão estar alteradas em muitas moléstias do fígado e com o resultado do hábito de ingerir álcool. O quadro hematológico altera-se não somente na exposição ao benzeno, mas também em uma variedade de outros agentes químicos, além de numerosas moléstias originadas por microorganismos. Assim a validação das provas, a serem usadas na vigilância a saúde para determinar efeitos precoces produzidos por agentes químicos é um processo difícil, pois a sensibilidade e a especificidade dos exames devem ser conhecidas. De fato, programas de vigilância a saúde utiliza o monitoramento biológico e o monitoramento de efeito como um de seus critérios mais valiosos na detecção precoce de doenças decorrentes na exposição humana as substâncias químicas.
Deve-se sempre levar em consideração que somente os indicadores altamente específicos, para uma determinada patologia do órgão, é que podem ser considerados como instrumentos úteis para o diagnóstico precoce de uma doença em processo de instalação.
A vigilância à saúde procura dar ênfase as características da exposição, especialmente tempo e duração, associando-se ao estado de saúde, podendo ser aplicada com os seguintes objetivos:

Comprovar a ausência de um efeito nocivo numa exposição considerada aceitável ou a eficiência das medidas ambientais adotadas;
Dar atenção às alterações precoces do estado de saúde para poder interferir, preventivamente, em relação a doença.

As alterações do estado de saúde ocorrem com as seguintes características:

Uma fase de indução, isto é, aquela em que decorre um certo tempo para se iniciar o processo de morbidade, após alcançar uma certa dose do agente químico no organismo
Uma fase de latência, que corresponde ao período compreendido entre o início do processo de morbidade e o aparecimento das alterações funcionais que ainda não permitem a sua individualização.

A aplicação da vigilância a saúde, a exemplo do que acontece com o monitoramento biológico, não pode ser confundida com os procedimentos que visam o diagnóstico.
É importante enfatizar que a manifestação de deterioração da saúde não ocorre necessariamente no momento do reconhecimento médico. A ocorrência de certas alterações biológicas pode, desde que evidenciada em tempo hábil, advertir que se não forem modificadas as condições de trabalho ocorrerão os transtornos funcionais.

quarta-feira, 11 de maio de 2011






Introdução

Não se deve honra aos filósofos, aos espirituais ou ainda aos artistas. Não temos tempo para isso! Queremos dinheiro. Não. Na verdade, não o queremos, mas dele precisamos. E, se não apresentarmos riquezas, estaremos à margem. A sociedade espera que produzamos. E não podemos perder tempo porque é dinheiro. Somos homens econômicos.

E, lembrando o advento de altas tecnologias, segundo o espírito capitalista, o homem econômico tem trabalhado intensivamente sobre máquinas de forma estressante e sedentária. Onde fica o pentáculo do bem-estar? ( NAHAS, 2001 )

O homem econômico está doente e não encontra tempo para se tratar ou para perceber o seu estado de saúde.

No presente trabalho será discutida a ginástica laboral. Esta é de grande valia para o tratamento desse homem. Mas, não se enganem! Quem implantou esse serviço? As empresas. Para quê? Para o acúmulo maior de capital, por motivos econômicos. As empresas perceberam que o homem econômico doente não seria o homem ideal. Ele não representaria a produtividade ideal. Assim se viu a necessidade de promover sua saúde.

Neste trabalho serão abordados temas como o surgimento da ginástica laboral, sua definição pela NESRA, os programas utilizados nas industrias, seus benefícios, tanto para as empresas quanto para o homem econômico e ainda exemplos práticos da implantação da ginástica laboral no Brasil.

Histórico

A modalidade surgiu como forma de prevenção contra os problemas causados pelas lesões de esforço repetitivo e demais distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.

O primeiro vestígio desta idéia vem da Polônia, datado de 1925 com o nome "Ginástica de Pausa". Anos depois, surgiu na Holanda e na Rússia. Na década de 60, atingiu outros países da Europa e principalmente o Japão, onde ocorreu a consolidação e a obrigatoriedade da GLC - Ginástica Laboral Compensatória. No Brasil, a semente brotou em 1973, na escola de educação Feevale com um projeto de Educação Física Compensatória e Recreação no qual a escola estabelecia uma proposta de exercícios baseados em análises biomecânicas (MARCHESINI, 2001).

Foi também por volta de 30 anos atrás que um jovem médico americano tentava fazer entender a classe médica que corridas radicais previnem os males da vida sedentária (problemas cardíacos, obesidade, entre outros). Keneth Cooper entende ter trazido para a medicina o conceito de exercício que dá saúde e alegria às pessoa (MARCHESINI, 2002).

A ginástica laboral está suprindo, ao menos em partes, esta necessidade de um "espaço de liberdade", de uma quebra de ritmo, na rigidez e na monotonia do trabalho. Além disto, a organização do trabalho ataca primeiro e maciçamente a vida mental dos indivíduos. O desgaste neste aspecto é bem maior devido a todo o esforço para manter-se sob controle. Assim ao começarem a participar da ginástica, os trabalhadores descobrem que é um momento, talvez o único do dia. Onde podem ser eles mesmos de forma integrada, expandindo o corpo, a mente e o espírito. É possível, então, relaxar e abrir mão do autocontrole, livres de risco de acidentes, erros e tensão decorrentes. Podem sair das posturas automatizadas, conversar com seus colegas e desligar das pressões aliviando o stress. A ginástica laboral preenche também uma carência de atenção e valorização das pessoas, sendo percebida como uma diferença da empresa para com elas e um sinal de humanização do ambiente de trabalho.Hoje parece dispensável relacionar atividade física e promoção de saúde.

Atualmente, não se continua competitiva no mercado a empresa que não se volta à qualidade de vida de seus funcionários, visto que a produtividade é diretamente proporcional à saúde do indivíduo. E é no âmbito de se promover saúde mental, amenizando o estresse, e física, combatendo os males como sedentarismo e esforços repetitivos que a tecnologia proporciona, é que a ginástica laboral tem sido uma importante alavanca nesse processo. (PAGLIARI, 2002)

O que é ginástica laboral?

Segundo a NESRA - Associação Nacional de Serviços e Recreação para Empregados dos Estados Unidos, é a prática voluntária de atividades físicas realizadas pelos trabalhadores coletivamente dentro do próprio local de trabalho durante sua jornada diária que, por meio de exercícios específicos, tem como meta prevenir e/ou amenizar as doenças decorrentes da atividade que desempenham.

Programas de ginástica laboral

Existem hoje no mercado vários formatos de programas de ginástica laboral, e ao se escolher um determinado tipo de programa deve ser levado em consideração a realidade de cada empresa. Todo programa de ginástica laboral deve ser desenvolvido após avaliação criteriosa de todos fatores do ambiente de trabalho e individual dos trabalhadores.

O programa de ginástica laboral poderá ser aplicado em toda a empresa, iniciando nas áreas críticas de trabalho. Os exercícios são elaborados e aplicados de acordo com as exigências físicas laborais sobre as várias estruturas osteomusculoligamentares dos trabalhadores. As formas de aplicação são: antes do início das atividades de trabalho, aquecendo o corpo e preparando-o para exercer a atividade laboral; durante a jornada de trabalho, com objetivo de distensionar e compensar a musculatura sobrecarregada pelo trabalho; após a jornada de trabalho, com o objetivo de relaxar a musculatura e diminuir as tensões musculares provocadas pelo trabalho. Segundo Marquesini (2002), há três tipos de ginástica laboral: - Preparatória: Ginástica com duração geralmente de 5 a 10 minutos realizada antes do início da jornada de trabalho. Tem como objetivo principal preparar o funcionário para sua tarefa, aquecendo os grupos musculares que irão ser solicitados nas suas tarefas e despertando-os para que se sintam mais dispostos ao iniciar o trabalho. - Compensatória: Ginástica com duração geralmente de 10 minutos, realizados durante a jornada de trabalho, interrompendo a monotonia operacional e aproveitando pausas para executar exercícios específicos de compensação aos esforços repetitivos e às posturas inadequadas solicitadas nos postos operacionais. - Relaxamento: Ginástica com duração geralmente de 10 minutos, baseada em exercícios de alongamento realizados após o expediente, com o objetivo de oxigenar as estruturas musculares envolvidas na tarefa diária, evitando o acúmulo de ácido láctico e prevenindo as possíveis instalações de lesões.

Este programa é executado por profissionais de educação física que vão às empresas diariamente aplicar as séries de exercícios.

Todo o processo precisa ser avaliado, para isso uma equipe trimestral vai até a empresa e realiza uma pesquisa, enfocando o posto de trabalho (ergonomia), a área clínica, e se estão gostando do programa. Com a pesquisa pronta, é feito um mapeamento, normalmente no formato de gráficos e tabelas, que são apresentados à diretoria, para que avalie os resultados. Estes podem dar um novo direcionamento tanto na aplicação dos exercícios quanto na melhoria do ambiente de trabalho. (ALVES, 2002).

Benefícios da ginástica laboral

Faz-se claramente necessário que as capacidades físicas e mentais do indivíduo estejam equilibradas para que ele possa desenvolver-se com o máximo rendimento em todos os sentidos com atenção, agilidade e urgência, qualidade, trabalho em equipe, produção, satisfação de clientes e motivação. É esse equilíbrio das capacidades de seus funcionários, advindo da melhora na qualidade de vida, a que as empresas visam quando implantam os programas de ginástica laboral.(MARCHESINI, 2002)

Os programas promovem a saúde mental, física e social do indivíduo. Alguns de seus benefícios, segundo Pagliar (2002) estão listados a seguir:

a. Fisiológicos
- Provoca o aumento da circulação sangüínea em nível da estrutura muscular, melhorando a oxigenação dos músculos e tendões e diminuindo o acúmulo do ácido lático;
- Melhora a mobilidade e flexibilidade músculo articular;
- Diminui as inflamações e traumas;
- Melhora a postura;
- Diminui a tensão muscular desnecessária;
- Diminui o esforço na execução das tarefas diárias;
- Facilita a adaptação ao posto de trabalho;
- Melhora a condição do estado de saúde geral.

b. Psicológicos
- Favorece a mudança da rotina;
- Reforça a auto-estima;
- Mostra a preocupação da empresa com seus funcionários;
- Melhora a capacidade de concentração no trabalho.

c. Sociais
- Desperta o surgimento de novas lideranças;
- Favorece o contato pessoal;
- Promove a integração social;
- Favorece o sentido de grupo - se sentem parte de um todo;
- Melhora o relacionamento.

"O estresse é quase sempre motivado por estímulos externos que provêm do trabalho, do lar ou dos demais afazeres da vida. Estes estímulos agem no psiquismo da pessoa, estimulando sentimentos tais como medo, raiva, ambição exagerada e culpa, que irão, por sua vez, provocar uma reação do sistema nervoso, das glândulas que irão provocar as conseqüências físicas do estresse" (SILVA NETO, 2000).

A ginástica laboral atua na prevenção e no combate ao estresse, visto que durante a atividade física é liberado um neurotransmissor chamado endorfina, o que causa bem-estar e alívio das tensões. Além disso, Segundo Silva Neto (2002), os exercícios ajudam a reavaliar o modo de pensar, organizar seu tempo, espaço e atuação, compreensão, alimentação saudável, descontração, fatores preventivos dos sinais de estresse. Os programas quebram a rotina e relaxam o indivíduo, o ambiente de trabalho passa a ser menos formal, mais feliz e agradável.

A ginástica laboral está suprindo, ao menos em partes, esta necessidade de um "espaço de liberdade", de uma quebra de ritmo, na rigidez e na monotonia do trabalho. Além disto, a organização do trabalho ataca primeiro e maciçamente a vida mental os indivíduos. O desgaste neste aspecto é bem maior devido a todo o esforço para manter-se sob controle.Assim ao começarem a participar da ginástica, os trabalhadores descobrem que é um momento, talvez o único do dia.Onde podem ser ele mesmos de forma integrada, expandindo o corpo, a mente e o espírito.É possível, então, relaxar e abrir mão do autocontrole, livres de risco de acidentes, erros e tensão decorrentes.Podem sair das posturas automatizadas, conversar com seus colegas e desligar das pressões aliviando o estresse. A ginástica laboral preenche também uma carência de atenção e valorização das pessoas, sendo percebida como uma diferença da empresa para com elas e um sinal de humanização do ambiente de trabalho. (PAGLIARI, 2002).

A ginástica laboral, segundo Marchesini (2002), também é parte integrante da motivação e qualidade dos trabalhos de equipes de uma organização.

Os resultados das empresas que implantam os programas são certos: há uma melhora nas relações interpessoais no ambiente de trabalho; redução do absenteísmo e do afastamento; redução dos custos com assistência médica; aumento da produtividade e redução do número de acidentes. Todos os benefícios que as empresas fornecem aos seus funcionários com programas, são retorno para si próprias.

Implantação

Um exemplo prático

Uma empresa de gestão e assessoria de eventos Esportivos e Qualidade de Vida Empresarial foi contratada para realizar avaliações físicas nos departamentos da NET S.A. As avaliações consistiam na medição da força das mãos e flexibilidade dos colaboradores. O resultado foi que 70% dos avaliados tiveram boa performance de força, mas no teste de flexibilidade 85% dos avaliados estavam com escores insuficientes no âmbito da saúde. A pesquisa inicial foi uma enquete com os departamentos primando a acomodação e satisfação dos colaboradores, obtendo uma avaliação técnica do setor (MARCHESINI, 2002). Pesquisas e avaliações físicas individuais foram realizadas com cada colaborador dos departamentos. As avaliações levaram em conta a força física e a flexibilidade de cada um. O início do programa se deu com aulas de cinco minutos em cada período (manhã, tarde, noite), três vezes por semana, com temas técnicos para cada aula, a fim de desenvolver uma metodologia para a prevenção de DORT/LER1 e melhoria da qualidade de vida.

Após a implantação, foi feita a primeira avaliação dos resultados. Notou-se que o aspecto motivacional foi importante e substancial, segundo as pesquisas; 82% dos participantes disseram que melhorou o ambiente de trabalho; 68% disseram que diminuiu o stress.

Algumas experiências brasileiras com ginástica laboral no Brasil

A ginástica laboral vem sendo desenvolvida com sucesso nas empresas. O contato com a ginástica laboral acabou criando o hábito de praticar exercícios antes mesmo de iniciar o trabalho.

Operadores dos equipamentos de corte e manuseio de eucaliptos, da empresa Florestal Sul, em Capão Bonito, já garantem o seu bem estar físico. Durante dez minutos, sob a orientação de um professor de educação física todos participam da ginástica laboral que vem sendo aplicada há dois anos entre os funcionários (PAGLIARI, 2002).

A Kodak, também oferece a ginástica laboral a seus colaboradores, desde 1995, e a partir de então se criou uma nova consciência corporal, ajudando na prevenção de doenças ocupacionais conhecidas por DORT - Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho.

Na Fujiwara EPI em Apucarana/PR, após a implantação, a dois anos, da ginástica laboral na empresa, foi verificado um aumento significativo na produção de calçados em 10%, um menor índice de afastamento por LER/DORT, acidentes de trabalho e um melhor relacionamento interpessoal dos funcionários.

Conclusão

Podemos entender que a doença do homem econômico já foi detectada.E as empresas se vêem cad dia mais interessadas em tratá-la.Isso porque o homem saudável e feliz representa maior produtividade. Ou seja, as empresas têm percebido que seu sucesso depende da compreensão da dimensão do significado do ser humano e atuação na direção do seu pleno desenvolvimento e satisfação. Atualmente, o ser humano tornou-se o verdadeiro e principal diferencial competitivo. Objetivo das empresas: acumulação de capital. Quem recebe a grande vantagem O homem econômico.

Neste contexto, uma das ações que conduzem ao aprimoramento da qualidade de vida no trabalho, o emprego da ginástica laboral, esta sendo gradativamente comprovado e aceito pela comunidade científica.A aplicação da ginástica, como seus benefícios, já citada e exemplificada nesse trabalho.

Na verdade, a tecnologia desenvolveu - se para proporcionar ao homem conforto, saúde e bem estar.No entanto, o que temos vivido no desenrolar da História é exatamente o contrario. Já se via, então, a necessidade de humanização no mundo industrial.Mas isso ainda não é nada. Devemos esperar mais: o objetivo do desenvolvimento da tecnologia cumprido, ou seja, o desenvolvimento da sociedade visando ao bem-estar e a saúde, o desenvolvimento sem trabalho. Sim, a tecnologia se desenvolveu para que o homem não tivesse trabalho (DEMASI, 1999). Mas alcançaremos esse tempo? Sim, segundo Mais, ele está pelo menos um século distante de nós. Aí teremos todo o tempo para nossa saúde mental, física, social - se agüentarmos ate lá!

quinta-feira, 28 de abril de 2011



A Posição Sentada





Errado--->




Certo --->


A posição sentada é a posição mais freqüentemente adotada pela maioria das pessoas nas atividades profissionais, domésticas e no lazer. Pessoas que passam longos períodos sentadas sofrem mais de dor nas costas do que pessoas que se movimentam mais. Desta forma, é importante considerar como ficamos sentados, que tipo de cadeiras utilizamos e o que podemos fazer para prevenir a dor nas costas.






Escolha da cadeira adequada



Sentar bem em uma cadeira requer primeiramente uma cadeira com dimensões apropriadas para o nosso corpo. Ao sentar em uma cadeira você deve ter os 2 pés apoiados no chão, o assento deve ser firme e profundo o suficiente para suportar as nossas coxas, não forçando o ângulo posterior dos joelhos e ter apoio para os antebraços .As bordas anteriores do assento devem ser arredondadas.
O encosto da cadeira é essencial para fornecer estabilidade para a pessoa que se senta. Numa situação de trabalho o encosto deve ser levemente inclinado para trás, pois o encosto em ângulo reto não nos dará suporte e tenderemos a escorregar o quadril para frente. O uso de um apoio lombar pode ajudar na manutenção de uma boa postura sentada, exercendo um suporte na coluna lombar e influenciando a postura global da coluna vertebral e reduzindo a fadiga muscular.


Firmeza do assento


Para que uma pessoa tenha uma boa postura na posição sentada, o assento da cadeira ou sofá deve ser firme o suficiente para impedir que a pessoa se afunde ao sentar e aumente a flexão da coluna lombar, forçando as articulações vertebrais.


Altura do assento


A altura ideal de um assento deve ser aquela em que a pessoa sentada mantenha ângulo reto nas articulações dos joelhos e tornozelos. Para as pessoas mais baixas que não conseguem encostar os pés no chão, o uso de um apoio para os pés auxilia a manutenção da postura correta.


Suporte lombar

Mesmo estando sentado em uma cadeira adequada, a manutenção da postura ereta é uma tarefa difícil já que há uma fadiga dos músculos estabilizadores do tronco. O apoio lombar vai exercer um suporte na coluna, recuperando a lordose lombar fisiológica e reaproximando a coluna de sua conformação anatômica, reduzindo assim a fadiga muscular. O suporte lombar ajustável permite ao paciente experimentar diferentes posições até encontrar a mais confortável para a sua coluna.

Como levantar









































Certo















Errado


Certo: inclinar o corpo para frente sem tencionar os músculos do pescoço e costas, estender os joelhos enquanto leva a cabeça e o tronco para frente e para cima, até chegar à posição em pé.

Errado: a cabeça está retraída encurtanto os músculos do pescoço e tronco, desta forma, os discos intervertebrais ficam comprimidos, podendo resultar, a longo prazo, no aparecimento de hérnia de disco.

quarta-feira, 16 de março de 2011



ASBESTOSE O QUE É?
O amianto é composto por silicato de mineral fibroso de composição química diversa. Quando se inala, as fibras de amianto fixam-se profundamente nos pulmões, causando cicatrizes. A inalação de amianto pode também produzir o espessamento dos dois folhetos da membrana que reveste os pulmões (a pleura), isso corre com os trabalhadores.
Sintomas
Formação de muitas cicatrizes e os pulmões perdem a sua elasticidade. Os 1º sintomas são: dispneia ligeira e a diminuição da capacidade para o exercício.
A inalação de fibras de amianto pode acumular líquido no espaço que se encontra entre as camadas pleurais (cavidade pleural). Em raras ocasiões, o amianto causa tumores na pleura, denominados mesoteliomas, ou em membranas do abdômen, chamados mesoteliomas peritoneais.
Os mesoteliomas causados pelo amianto são um tipo de cancro que não se consegue curar. Geralmente, aparecem depois da exposição à crocidolite, um dos quatro tipos de amianto. A amosite, outro tipo, também produz mesoteliomas. O crisotilo, provavelmente, não produz mesoteliomas, mas, às vezes, está contaminado com tremolite, e esta causa-os. Os mesoteliomas desenvolvem-se, de modo geral, ao fim de 30 ou 40 anos de exposição ao amianto.
O cancro do pulmão está relacionado, em parte, com o grau de exposição às fibras de amianto; no entanto, entre as pessoas que sofrem de asbestose, o cancro do pulmão desenvolve-se quase exclusivamente naquelas que também fumam cigarros, em especial nas que fumam mais de um maço por dia.
Diagnóstico
Nas pessoas com antecedentes de exposição ao amianto, o médico pode, às vezes, diagnosticar asbestose com uma radiografia ao tórax que mostre as alterações características. De modo geral, a função pulmonar da pessoa é anormal e, ao auscultar o pulmão, podem ouvir-se sons anormais, as chamadas crepitações.
Para determinar se um tumor pleural é canceroso, o médico pratica uma biopsia (extracção de uma pequena porção de pleura para ser examinada ao microscópio). Pode-se também extrair e analisar o líquido que rodeia os pulmões (um procedimento denominado toracentese); no entanto, este procedimento não é habitualmente tão rigoroso como a biopsia.
Prevenção e tratamento
Diminuir ao máximo o pó e as fibras de amianto no local de trabalho. O amianto deveria ser extraído por trabalhadores especializados em técnicas de extração. E utilização de EPI (EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL). A maioria dos tratamentos: é alivia os sintomas com a administração de oxigénio alivia a dispneia. Drenar o líquido à volta dos pulmões pode também facilitar a respiração. Há casos em que o transplante do pulmão deu resultados muito positivos na asbestose. Os mesoteliomas são invariavelmente mortais; a quimioterapia não é eficaz e a extirpação cirúrgica do tumor não cura o cancro.







quarta-feira, 2 de março de 2011


LER - DORT

A LER e DORT são as siglas para Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho, sendo doenças caracterizadas pelo desgaste de estruturas do sistema músculo-esquelético que atingem várias categorias profissionais.

Diferentemente do que ocorre com doenças não ocupacionais, as doenças relacionadas ao trabalho têm implicações legais que atingem a vida dos pacientes. O seu reconhecimento é regido por normas e legislações específicas a fim de garantir a saúde e os direitos do trabalhador.

Sintomas da LER- DORT
Geralmente os sintomas são de evolução insidiosa até serem claramente percebidos. Com freqüência, são desencadeados ou agravados após períodos de maior quantidade de trabalho ou jornadas prolongadas e em geral, o trabalhador busca formas de manter o desenvolvimento de seu trabalho, mesmo que à custa de dor. A diminuição da capacidade física passa a ser percebida no trabalho e fora dele, nas atividades cotidianas.

As queixas mais comuns do portador de LER - DORT são:

•Dor localizada, irradiada ou generalizada,
•Desconforto,
•Fadiga,
•Sensação de peso,
•Formigamento,
•Dormência,
•Sensação de diminuição de força,
•Inchaço,
•Enrijecimento muscular,
•Choques nos membros e
•Falta de firmeza nas mãos.
Nos casos mais crônicos e graves, pode ocorrer:

•Sudorese excessiva nas mãos e
•Alodínea (sensação de dor como resposta a estímulos não nocivos em pele normal).
Causas da LER – DORT
A LER ou DORT são as manifestações de lesões decorrentes da utilização excessiva, imposta ao sistema músculo-esquelético, e da falta de tempo para recuperação. Lesões neuro-ortopédicas como as tendinites, sinovites, compressões de nervos periféricos podem ser identificadas ou não.

Os fatores de risco não são necessariamente as causas diretas das LER - DORT, mas podem gerar respostas que produzem as LER – DORT. Os fatores de risco não são independentes, interagem entre si e devem ser sempre analisados de forma integrada. Envolvem aspectos biomecânicos, cognitivos, sensoriais, afetivos e de organização do trabalho.

Os fatores incluem:

Posto de trabalho que force o trabalhador a adotar posturas, a suportar certas cargas e a se comportar de forma a causar ou agravar afecções músculo-esqueléticas.
•Exposição a vibrações de corpo inteiro, ou do membro superior, podem causar efeitos vasculares, musculares e neurológicos.
•Exposição ao frio pode ter efeito direto sobre o tecido exposto e indireto pelo uso de equipamentos de proteção individual contra baixas temperaturas (ex. luvas).
•Exposição a ruído elevado, entre outros efeitos pode produzir mudanças de comportamento.
•Pressão mecânica localizada provocada pelo contato físico de cantos retos ou pontiagudos de objetos, ferramentas e móveis com tecidos moles de segmentos anatômicos e trajetos nervosos provocando compressões de estruturas moles do sistema músculo-esquelético.
•Posturas. As posturas que podem causar LER-DORT possuem três características que podem estar presentes simultaneamente:
◦Posturas extremas que podem forçar os limites da amplitude das articulações.
◦Força da gravidade impondo aumento de carga sobre os músculos e outros tecidos.
◦Posturas que modificam a geometria músculo-esquelética e podem gerar estresse sobre tendões, músculos e outros tecidos e/ou reduzir a tolerância dos tecidos.
•Carga mecânica músculo-esquelética. Entre os fatores que influenciam a carga músculo-esquelética, encontramos: a força, a repetitividade, a duração da carga, o tipo de preensão, a postura e o método de trabalho. A carga músculo-esquelética pode ser entendida como a carga mecânica exercida sobre seus tecidos e inclui:
◦Tensão (ex.: tensão do bíceps);
◦Pressão (ex.: pressão sobre o canal do carpo);
◦Fricção (ex.: fricção de um tendão sobre a sua bainha);
◦Irritação
(ex.: irritação de um nervo).



Diagnóstico da LER – DORT
Para realizar o diagnóstico da LER – DORT, o médico busca dados por meio da história clínica, levando em consideração as atividades realizadas pela pessoa tanto no trabalho, quanto no lazer. Em seguida realiza um exame físico geral, dedicando especial atenção aos locais afetados.

Exames complementares podem ser solicitados para esclarecer o diagnóstico, incluindo:

•Radiografias,
•Ecografias,
•Eletroneuromiografia,
•Ressonância magnética,
•Exames laboratoriais para condições reumáticas, dentre outros.

Tratamento da LER – DORT
O tratamento da LER – DORT têm início após um diagnosticado correto e deve buscar uma abordagem integrada, ao invés de tratar somente a sintomatologia:

•Medidas ergonômicas visam à melhoria do espaço físico e dinâmico de trabalho que não induzam ao desenvolvimento da LER – DORT. Por vezes, pequenas adaptações fazem grandes diferenças. As pausas programadas podem ser consideradas atitudes ergonômicas benéficas.
•Exercícios físicos são benéficos e incluem tanto exercícios aeróbicos, como exercícios de alongamento.
•Fisioterapia é muitas vezes empregada na redução da dor e na recuperação da função e dos movimentos do membro afetado pela LER – DORT.
•Medicamentos antiinflamatórios e analgésicos são utilizados para alívio da dor aguda e crônica da LER - DORT. Devem ser utilizados com cautela e recomendação médica.
•Medicamentos corticóides são antiinflamatórios mais potentes, porém com mais efeitos colaterais, merecendo atenção médica redobrada.
•Medicamentos antidepressivos e outros agentes com ação no sistema nervoso central são utilizados em quadros de dores crônicas provocadas pela LER – DORT ou quando associadas a sintomas de humor e/ou ansiedade.
•Intervenção cirúrgica é indicada para casos associados a mal formações e deformidades ósteo-musculares irreversíveis ao tratamento medicamentoso.


Prevenção da LER – DORT
•Identifique tarefas, ferramentas ou situações que causam dor ou desconforto e converse sobre elas com os profissionais da Comissão de Saúde Ocupacional e com sua chefia.
•Faça revezamento nas tarefas.
•Procure aprender outras tarefas que exijam outros tipos de movimento.
•Faça pausas obrigatórias de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, evitando ultrapassar 6 horas de trabalho diário de digitação.
•Auxilie na identificação das posições incorretas e forçadas no trabalho. Ao mesmo tempo, procure dar sugestões sobre o que fazer.
•Informe claramente à sua chefia quando o tempo determinado para realizar uma tarefa for reduzido.
•Diante dos sintomas de dor ou formigamento nos membros superiores, procure um médico.
•Procure conhecer os recursos de conforto do seu posto de trabalho.
•Procure adotar as posturas corretas.
•Levante-se de tempos em tempos, ande um pouco, espreguice-se, faça movimentos contrários àqueles da tarefa.





Exercícios para LER – DORT
Estes exercícios são indicados para prevenção e auxiliam no tratamento da LER – DORT

Abra as mãos e encoste as palmas em "posição de rezar". Com os dedos juntos flexione os punhos e comprima uma mão contra a outra. (frente do peito).

Aperte dedo contra dedo, alongando-os um por um (polegar contra polegar, indicador contra indicador e assim por diante). Pode ser feito com todos os dedos ao mesmo tempo.

Cruze o dedo com dedo (gancho) e puxe alternando-os. Ex. polegar com médio, anular com mínimo. A variedade fica por conta de cada um.

Feche bem as mãos como se estivesse segurando algo com força. Em seguida estique bem os dedos.

Abra os dedos afastando-os o máximo possível. Feche os dedos apertando-os com a mão esticada.

Faça "ondas" com a mão e os dedos. Como se a mão estivesse serpenteando no ar.

Balance as mãos.

Gire os punhos em círculo, com as mãos soltas, no sentido horário e anti-horário.